Muitas são as razões que levam a que existam cães
e gatos errantes nas nossas ruas. Alguns em fuga, mas a maioria são
abandonados. Este fenómeno não é exclusivo da Madeira nem tão pouco de países
menos desenvolvidos. É, com efeito, um problema que preocupa as autoridades,
associações e cidadãos com maior sensibilidade e consciência, dos países ditos
civilizados, sobretudo com maior incidência nas cidades do que nas zonas rurais.
Julgamos, no entanto, que na base disso está a falta de educação cívica e de
valores humanísticos, que despertem a sensibilidade para esta realidade, que
não só causa sofrimento aos animais, mas também tem implicações na saúde
pública.
Para se entender melhor o que representa a posse
e também a adopção de animais de companhia, tais como cães e gatos, começamos
por recordar a diferença entre o que se entende por animais selvagens,
domesticados e domésticos.
Os animais
selvagens são aqueles que vivem em liberdade na Natureza, sujeitos às suas
leis e regras, nomeadamente à seleção natural e não dependem do ser humano para
a sua sobrevivência. Os animais domesticados
são animais selvagens que, uma vez ensinados, passam a poder conviver com o
ser humano e a depender deste para o seu bem-estar e alimentação, como por
exemplo os animais exibidos nos circos, usados na falcoaria, em delfinários,
etc., mas uma vez retornando à vida selvagem têm possibilidades de sobrevivência.
Finalmente, os animais designados como domésticos
são aqueles que, pelo convívio com o ser humano e pela seleção artificial
promovida por este, alteraram o seu comportamento e a sua sobrevivência, bem
como a dos seus descendentes, passou a depender inteira e exclusivamente do ser
humano, ou seja, do seu detentor ou proprietário.
Por isso, a
adopção deve ser um acto responsável e antes de o fazer o interessado deverá
pensar que durante toda a vida do animal (9 a 14 anos em média) será
responsável por ele e que é moral e legalmente obrigado a zelar pelo seu
bem-estar, nomeadamente a protegê-lo contra o mau tempo e os maus tratos, a
dar-lhe alimentos e água e a prestar-lhe todos os cuidados de saúde, tais como
consultas médico-veterinárias sempre que necessário (pelo menos uma vez por
ano), vacinas e desparasitações anuais, etc.
Isto representa custos permanentes e só deverá adoptar animais quem reunir as condições para o fazer.
Isto representa custos permanentes e só deverá adoptar animais quem reunir as condições para o fazer.
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